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Sente a sua vida cada vez mais difícil, por mais que se esforce.

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Somos uma equipa de psicólogos certificados pela Ordem dos Psicólogos Portugueses, com experiência e formação, e um forte compromisso com a saúde mental.

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Blog OnPsyCare

15 de dezembro de 2024
Nesta fase de Natal somos inundados de imagens que apelam à família, à conexão com as pessoas que mais gostamos, ao criar de novas memórias felizes… mas e quando não é assim? E quando o Natal se torna um lembrete do que outrora partilhamos e que agora nos faz tanta falta? Tanta falta que dói. E dói tanto. Quando perdemos alguém importante, há certos datas que se tornam difíceis. Uma delas pode ser o Natal. Claro que recordamos a pessoa ao longo de todo o ano , claro que temos tantas coisas que nos trazem uma saudade imensa. No entanto, nestes dias, pode sentir que se torna tudo mais cinzento. Pode sentir que o dia passa lentamente, moendo por dentro . Muitas vezes, numa tentativa de ajudar, as pessoas à sua volta podem tentar puxar para que faça coisas diferentes, para que se distraia. Se for algo bom, ótimo, mas caso precise do seu espaço, permita-se fazê-lo também. Às vezes, podemos até sentir julgamento pela maneira como nos sentimos, como escolhemos passar o dia... mas é importante que se permita lidar com este dia da forma que lhe fizer mais sentido . Da forma que ajudar mais, dentro do possível, seja estar no seu espaço seguro, seja rodeando-se de pessoas que possam acarinhar a sua dor. Se ajudar, permita-se também homenagear esta pessoa que tanta falta lhe faz. Planeie com antecedência como pode fazê-lo. Se no dia não conseguir seguir o plano, está tudo bem. O luto é feito de ondas de diferentes emoções, num dia pode sentir-se conectado e feliz por tudo o que viveram e noutro dia sentir uma grande revolta por esta perda. Tenha um plano e, se nesse dia fizer sentido, relembre aquela pessoa através de um ritual como ver fotografias, ouvir uma música, ir a um local que tanto gostavam, ir ao cemitério, ver um por do sol... Chore, recorde, sorria, sinta a saudade que lhe aperta o peito. O amor é tanto que não desapareceu nem vai desaparecer por não ter a presença desta pessoa . Mas, embora esta dor não vá embora, pode aprender a conviver com ela. No seu tempo, da sua maneira, encontrará o conforto que precisa. “Sobreviver é uma prova de amor. É confirmar a verdade do vosso amor. É não permitir que a morte acabe com a vossa relação. Sobreviver é um protesto. É afirmar diante da vida e da morte que o vosso amor não acabará.” (Márcia Amorim) Este texto é inspirado no livro “Há vida no luto” de Márcia Amorim.
Por Andreia Milhazes 1 de novembro de 2024
Embora o choro seja muitas vezes algo que tentamos conter – por medo de mostrar fragilidade ao outro, por não querermos sentir a nossa própria dor – a verdade é que as nossas lágrimas têm várias funções importantes . Quando vemos alguém chorar, ativamos empatia e compaixão no outro. Essa é a função social do choro. Funciona como um sinal de que o outro precisa de nós ou de que nós precisamos do outro, do seu apoio, de carinho e conforto. Para além disto, as nossas lágrimas são compostas por hormonas de stress (como a hormona adrenocorticotrópica). Estas hormonas surgem por estarmos a lidar com um momento difícil e precisam de ser libertadas através do choro. As lágrimas são a forma de as expulsar, caso contrário ficam contidas no nosso corpo e tornam-se tóxicas trazendo, por exemplo, tensão muscular e aumento da pressão sanguínea. Assim, chorar funciona quase como um analgésico. Permite-nos libertar a dor que sentimos e ajuda-nos a melhorar o humor. Quando acompanhados, estas lágrimas são também um pedido de ajuda, um ponto de conexão e empatia. Permitir-nos chorar não é fraqueza, é uma parte importante de sentir e de processar o que está a ser difícil. #Chorar #SaúdeEmocional #ExpressãoEmocional #LibertarAsLágrimas #Empatia #ConexãoHumana #FunçãoDoChoro #ProcessarADor #SaúdeMental #CuidarDeSi #BemEstar #Psicologia #OnPsyCare
21 de setembro de 2024
O burnout, ou síndrome de esgotamento profissional, é um problema cada vez mais comum no mundo lprofissional. Caracterizado por uma sensação de exaustão emocional, despersonalização e uma reduzida realização pessoal no trabalho, o burnout afecta milhões de pessoas globalmente, comprometendo o seu bem-estar e a sua produtividade. Neste artigo, exploramos estratégias eficazes para a prevenção do burnout, com o intuito de promover uma vida laboral mais saudável e equilibrada. O que é o Burnout? O burnout é uma resposta prolongada ao stress crónico no local de trabalho. Ao contrário de um cansaço temporário, que pode ser resolvido com descanso, o burnout é o resultado de um desgaste contínuo e excessivo, afectando profundamente a saúde mental, emocional e física da pessoa. Os principais sintomas incluem: - Fadiga extrema e persistente; - Sentimentos de descrença e distanciamento em relação ao trabalho; - Baixa auto-estima e sentimento de ineficácia; - Irritabilidade e dificuldades de concentração. Embora o burnout tenha sido tradicionalmente associado a profissões de alta pressão, como saúde, educação e finanças, qualquer pessoa, em qualquer sector, pode ser afectada, dependendo das condições do seu ambiente laboral. Estratégias de Prevenção do Burnout A prevenção do burnout abrange o cuidado com o corpo, a mente e o ambiente de trabalho. Abaixo, destacamos algumas das principais práticas recomendadas. 1. Promover o Equilíbrio entre Trabalho e Vida Pessoal Um dos factores mais comuns que levam ao burnout é o desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal. O uso excessivo de tecnologias digitais, como o e-mail ou as plataformas de comunicação, pode prolongar a jornada de trabalho para além do horário oficial. Estabelecer limites claros e desligar-se das obrigações profissionais fora do expediente é crucial para permitir uma recuperação adequada. Dicas práticas: - Definir horários fixos para o início e o fim da jornada de trabalho; - Evitar responder a e-mails fora do horário de trabalho; - Reservar tempo para actividades de lazer, hobbies e momentos em família. 2. Desenvolver a Inteligência Emocional A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e gerir as próprias emoções e as dos outros. Colaboradores emocionalmente inteligentes conseguem lidar melhor com o stress e os desafios do dia a dia, o que ajuda a prevenir o burnout. Dicas práticas: - Praticar a autoconsciência, reconhecendo os sinais iniciais de stress; - Desenvolver a empatia, compreendendo as necessidades emocionais dos colegas; - Cultivar a capacidade de regular as emoções, evitando reacções impulsivas a situações stressantes. 3. Implementar Pausas Regulares As pausas regulares ao longo do dia ajudam a reduzir o stress e a manter a produtividade. Pequenos intervalos de 5 a 10 minutos podem ter um impacto significativo na capacidade de concentração e no bem-estar geral. Dicas práticas: - Fazer pequenas pausas a cada 90 minutos de trabalho; - Aproveitar as pausas para realizar uma curta caminhada, alongamentos ou meditação; - Evitar passar as pausas nas redes sociais, optando por actividades que proporcionem um verdadeiro descanso mental. 4. Incentivar uma Cultura de Apoio no Trabalho A cultura organizacional desempenha um papel vital na prevenção do burnout. Ambientes de trabalho que promovem o apoio mútuo, a comunicação aberta e a valorização do colaborador tendem a ter índices mais baixos de burnout. Dicas práticas: - Criar espaços para que os colaboradores partilhem preocupações e desafios; - Promover o trabalho em equipa e o reconhecimento dos esforços dos outros; - Assegurar que os colaboradores têm acesso a recursos de saúde mental, como apoio psicológico ou programas de bem-estar. 5. Praticar o Autocuidado O autocuidado envolve a prática regular de hábitos que promovam o bem-estar físico e mental. Uma alimentação equilibrada, um sono adequado e a prática de exercício físico são fundamentais para manter o corpo e a mente saudáveis. Dicas práticas: - Reservar tempo diário para a prática de exercício físico, mesmo que seja uma caminhada curta; - Manter uma rotina de sono regular e de qualidade; - Adoptar práticas de meditação para reduzir o stress e aumentar a resiliência emocional. A prevenção do burnout exige um compromisso activo por parte da pessoa e das organizações. Ao implementar estratégias de autocuidado, promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e criar ambientes de trabalho mais saudáveis e apoiantes, é possível reduzir significativamente os riscos de burnout. Num mundo onde a pressão laboral continua a aumentar, cuidar da saúde mental deve ser uma prioridade para todos. Se sentir que está a lidar com sinais de burnout, é importante procurar ajuda. Na OnPsyCare, dispomos de uma equipa de profissionais qualificados, prontos para apoiar na gestão do stress e na promoção do bem-estar psicológico.
Por Andreia Milhazes 5 de agosto de 2024
“Quero descansar, mas a culpa não me larga. Sinto sempre que deveria estar a fazer alguma coisa mais produtiva” “Não sei quando terei novamente tempo para descansar, por isso quero aproveitar ao máximo as férias para fazer tudo aquilo que não tenho conseguido fazer” “As férias vão passar a correr e daqui a pouco volta tudo ao mesmo… o cansaço de sempre.” “Costumo ser eu a lidar com certas tarefas. E se não sabem resolver as coisas direito? E se chego e tenho um monte de problemas para resolver?” Ir de férias pode ser ótimo, um momento para relaxar, sair da rotina e aproveitar com as pessoas que mais gostamos. No entanto, pode também trazer stress, ansiedade, culpa e outras emoções difíceis. Numa sociedade tão agitada - onde muitos normalizamos o cansaço e priorizamos a produtividade - pode ser muito difícil parar. Nesta altura do ano é comum explorar-se em consulta como um momento que é suposto ser de relaxamento e de descanso pode tornar-se uma situação difícil. Há vários motivos possíveis, alguns deles: - Sentir culpa por descansar, por não fazer nada de “produtivo”; - Colocar muita pressão para que tudo seja perfeito depois de tanto tempo a idealizar estas férias; - Sentir ansiedade só de imaginar que, entretanto, estará de regresso à rotina de trabalho sem fim; - Medo de como será gerido o trabalho na sua ausência, do que pode ficar pendente e aumentar a carga do que terá de resolver depois. Algo comum a todos estes motivos é que as férias são na verdade uma aparente solução rápida para o cansaço acumulado, mas uma solução temporária. As dificuldades em permitir o descanso e o equilíbrio na vida pessoal e de trabalho já estavam presentes e não vão solucionar-se com esta pequena pausa. Podem atenuar, mas com o tempo, o caos e o cansaço regressarão. Ao explorar isto, normalmente, podemos notar, em outras coisas, sentimentos de culpa, autocrítica intensa, perfecionismo, dificuldade em dizer que não e estabelecer limites, dificuldades em criar uma rotina de autocuidado e de lazer. Identificamos que o descanso não tem sido uma prioridade. É comum que o trabalho invada a vida pessoal da pessoa, trabalhando horas extra constantemente, não tendo intervalos, respondendo a emails a qualquer hora do dia, não tendo tempo para fazer coisas que gosta. O espaço para esta vida pessoal tende a ser dado nos fins de semana e nas férias. Assim, quando chegam estes momentos tão esperados para viver fora do trabalho, surge a ansiedade. Se se identifica com o que foi descrito até agora, é provável que precise de repensar não o momento de férias, mas como tem vivido o dia a dia de trabalho. O que está a precisar de mudar para encontrar o equilíbrio de que precisa? Não espere até ao ponto de cansaço extremo para poder abrandar. Fazer estas mudanças pode ser extremamente difícil. Aprender a colocar limites, a dizer que não, delegar tarefas, reconhecer aquilo que precisa e comunicá-lo. A terapia pode ajudar. #Férias #Relaxamento #BemEstar #Ansiedade #Stress #Equilíbrio #Autocuidado #Produtividade #Culpa #Perfeccionismo #Limites #Trabalho #Lazer #VidaPessoal #Rotina #SaúdeMental #Terapia #Cansaço #Mudança #Autocrítica
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