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15 de dezembro de 2024
Nesta fase de Natal somos inundados de imagens que apelam à família, à conexão com as pessoas que mais gostamos, ao criar de novas memórias felizes… mas e quando não é assim? E quando o Natal se torna um lembrete do que outrora partilhamos e que agora nos faz tanta falta? Tanta falta que dói. E dói tanto. Quando perdemos alguém importante, há certos datas que se tornam difíceis. Uma delas pode ser o Natal. Claro que recordamos a pessoa ao longo de todo o ano , claro que temos tantas coisas que nos trazem uma saudade imensa. No entanto, nestes dias, pode sentir que se torna tudo mais cinzento. Pode sentir que o dia passa lentamente, moendo por dentro . Muitas vezes, numa tentativa de ajudar, as pessoas à sua volta podem tentar puxar para que faça coisas diferentes, para que se distraia. Se for algo bom, ótimo, mas caso precise do seu espaço, permita-se fazê-lo também. Às vezes, podemos até sentir julgamento pela maneira como nos sentimos, como escolhemos passar o dia... mas é importante que se permita lidar com este dia da forma que lhe fizer mais sentido . Da forma que ajudar mais, dentro do possível, seja estar no seu espaço seguro, seja rodeando-se de pessoas que possam acarinhar a sua dor. Se ajudar, permita-se também homenagear esta pessoa que tanta falta lhe faz. Planeie com antecedência como pode fazê-lo. Se no dia não conseguir seguir o plano, está tudo bem. O luto é feito de ondas de diferentes emoções, num dia pode sentir-se conectado e feliz por tudo o que viveram e noutro dia sentir uma grande revolta por esta perda. Tenha um plano e, se nesse dia fizer sentido, relembre aquela pessoa através de um ritual como ver fotografias, ouvir uma música, ir a um local que tanto gostavam, ir ao cemitério, ver um por do sol... Chore, recorde, sorria, sinta a saudade que lhe aperta o peito. O amor é tanto que não desapareceu nem vai desaparecer por não ter a presença desta pessoa . Mas, embora esta dor não vá embora, pode aprender a conviver com ela. No seu tempo, da sua maneira, encontrará o conforto que precisa. “Sobreviver é uma prova de amor. É confirmar a verdade do vosso amor. É não permitir que a morte acabe com a vossa relação. Sobreviver é um protesto. É afirmar diante da vida e da morte que o vosso amor não acabará.” (Márcia Amorim) Este texto é inspirado no livro “Há vida no luto” de Márcia Amorim.
Por Andreia Milhazes 1 de novembro de 2024
Embora o choro seja muitas vezes algo que tentamos conter – por medo de mostrar fragilidade ao outro, por não querermos sentir a nossa própria dor – a verdade é que as nossas lágrimas têm várias funções importantes . Quando vemos alguém chorar, ativamos empatia e compaixão no outro. Essa é a função social do choro. Funciona como um sinal de que o outro precisa de nós ou de que nós precisamos do outro, do seu apoio, de carinho e conforto. Para além disto, as nossas lágrimas são compostas por hormonas de stress (como a hormona adrenocorticotrópica). Estas hormonas surgem por estarmos a lidar com um momento difícil e precisam de ser libertadas através do choro. As lágrimas são a forma de as expulsar, caso contrário ficam contidas no nosso corpo e tornam-se tóxicas trazendo, por exemplo, tensão muscular e aumento da pressão sanguínea. Assim, chorar funciona quase como um analgésico. Permite-nos libertar a dor que sentimos e ajuda-nos a melhorar o humor. Quando acompanhados, estas lágrimas são também um pedido de ajuda, um ponto de conexão e empatia. Permitir-nos chorar não é fraqueza, é uma parte importante de sentir e de processar o que está a ser difícil. #Chorar #SaúdeEmocional #ExpressãoEmocional #LibertarAsLágrimas #Empatia #ConexãoHumana #FunçãoDoChoro #ProcessarADor #SaúdeMental #CuidarDeSi #BemEstar #Psicologia #OnPsyCare
21 de setembro de 2024
O burnout, ou síndrome de esgotamento profissional, é um problema cada vez mais comum no mundo lprofissional. Caracterizado por uma sensação de exaustão emocional, despersonalização e uma reduzida realização pessoal no trabalho, o burnout afecta milhões de pessoas globalmente, comprometendo o seu bem-estar e a sua produtividade. Neste artigo, exploramos estratégias eficazes para a prevenção do burnout, com o intuito de promover uma vida laboral mais saudável e equilibrada. O que é o Burnout? O burnout é uma resposta prolongada ao stress crónico no local de trabalho. Ao contrário de um cansaço temporário, que pode ser resolvido com descanso, o burnout é o resultado de um desgaste contínuo e excessivo, afectando profundamente a saúde mental, emocional e física da pessoa. Os principais sintomas incluem: - Fadiga extrema e persistente; - Sentimentos de descrença e distanciamento em relação ao trabalho; - Baixa auto-estima e sentimento de ineficácia; - Irritabilidade e dificuldades de concentração. Embora o burnout tenha sido tradicionalmente associado a profissões de alta pressão, como saúde, educação e finanças, qualquer pessoa, em qualquer sector, pode ser afectada, dependendo das condições do seu ambiente laboral. Estratégias de Prevenção do Burnout A prevenção do burnout abrange o cuidado com o corpo, a mente e o ambiente de trabalho. Abaixo, destacamos algumas das principais práticas recomendadas. 1. Promover o Equilíbrio entre Trabalho e Vida Pessoal Um dos factores mais comuns que levam ao burnout é o desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal. O uso excessivo de tecnologias digitais, como o e-mail ou as plataformas de comunicação, pode prolongar a jornada de trabalho para além do horário oficial. Estabelecer limites claros e desligar-se das obrigações profissionais fora do expediente é crucial para permitir uma recuperação adequada. Dicas práticas: - Definir horários fixos para o início e o fim da jornada de trabalho; - Evitar responder a e-mails fora do horário de trabalho; - Reservar tempo para actividades de lazer, hobbies e momentos em família. 2. Desenvolver a Inteligência Emocional A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e gerir as próprias emoções e as dos outros. Colaboradores emocionalmente inteligentes conseguem lidar melhor com o stress e os desafios do dia a dia, o que ajuda a prevenir o burnout. Dicas práticas: - Praticar a autoconsciência, reconhecendo os sinais iniciais de stress; - Desenvolver a empatia, compreendendo as necessidades emocionais dos colegas; - Cultivar a capacidade de regular as emoções, evitando reacções impulsivas a situações stressantes. 3. Implementar Pausas Regulares As pausas regulares ao longo do dia ajudam a reduzir o stress e a manter a produtividade. Pequenos intervalos de 5 a 10 minutos podem ter um impacto significativo na capacidade de concentração e no bem-estar geral. Dicas práticas: - Fazer pequenas pausas a cada 90 minutos de trabalho; - Aproveitar as pausas para realizar uma curta caminhada, alongamentos ou meditação; - Evitar passar as pausas nas redes sociais, optando por actividades que proporcionem um verdadeiro descanso mental. 4. Incentivar uma Cultura de Apoio no Trabalho A cultura organizacional desempenha um papel vital na prevenção do burnout. Ambientes de trabalho que promovem o apoio mútuo, a comunicação aberta e a valorização do colaborador tendem a ter índices mais baixos de burnout. Dicas práticas: - Criar espaços para que os colaboradores partilhem preocupações e desafios; - Promover o trabalho em equipa e o reconhecimento dos esforços dos outros; - Assegurar que os colaboradores têm acesso a recursos de saúde mental, como apoio psicológico ou programas de bem-estar. 5. Praticar o Autocuidado O autocuidado envolve a prática regular de hábitos que promovam o bem-estar físico e mental. Uma alimentação equilibrada, um sono adequado e a prática de exercício físico são fundamentais para manter o corpo e a mente saudáveis. Dicas práticas: - Reservar tempo diário para a prática de exercício físico, mesmo que seja uma caminhada curta; - Manter uma rotina de sono regular e de qualidade; - Adoptar práticas de meditação para reduzir o stress e aumentar a resiliência emocional. A prevenção do burnout exige um compromisso activo por parte da pessoa e das organizações. Ao implementar estratégias de autocuidado, promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e criar ambientes de trabalho mais saudáveis e apoiantes, é possível reduzir significativamente os riscos de burnout. Num mundo onde a pressão laboral continua a aumentar, cuidar da saúde mental deve ser uma prioridade para todos. Se sentir que está a lidar com sinais de burnout, é importante procurar ajuda. Na OnPsyCare, dispomos de uma equipa de profissionais qualificados, prontos para apoiar na gestão do stress e na promoção do bem-estar psicológico.
Por Andreia Milhazes 5 de agosto de 2024
“Quero descansar, mas a culpa não me larga. Sinto sempre que deveria estar a fazer alguma coisa mais produtiva” “Não sei quando terei novamente tempo para descansar, por isso quero aproveitar ao máximo as férias para fazer tudo aquilo que não tenho conseguido fazer” “As férias vão passar a correr e daqui a pouco volta tudo ao mesmo… o cansaço de sempre.” “Costumo ser eu a lidar com certas tarefas. E se não sabem resolver as coisas direito? E se chego e tenho um monte de problemas para resolver?” Ir de férias pode ser ótimo, um momento para relaxar, sair da rotina e aproveitar com as pessoas que mais gostamos. No entanto, pode também trazer stress, ansiedade, culpa e outras emoções difíceis. Numa sociedade tão agitada - onde muitos normalizamos o cansaço e priorizamos a produtividade - pode ser muito difícil parar. Nesta altura do ano é comum explorar-se em consulta como um momento que é suposto ser de relaxamento e de descanso pode tornar-se uma situação difícil. Há vários motivos possíveis, alguns deles: - Sentir culpa por descansar, por não fazer nada de “produtivo”; - Colocar muita pressão para que tudo seja perfeito depois de tanto tempo a idealizar estas férias; - Sentir ansiedade só de imaginar que, entretanto, estará de regresso à rotina de trabalho sem fim; - Medo de como será gerido o trabalho na sua ausência, do que pode ficar pendente e aumentar a carga do que terá de resolver depois. Algo comum a todos estes motivos é que as férias são na verdade uma aparente solução rápida para o cansaço acumulado, mas uma solução temporária. As dificuldades em permitir o descanso e o equilíbrio na vida pessoal e de trabalho já estavam presentes e não vão solucionar-se com esta pequena pausa. Podem atenuar, mas com o tempo, o caos e o cansaço regressarão. Ao explorar isto, normalmente, podemos notar, em outras coisas, sentimentos de culpa, autocrítica intensa, perfecionismo, dificuldade em dizer que não e estabelecer limites, dificuldades em criar uma rotina de autocuidado e de lazer. Identificamos que o descanso não tem sido uma prioridade. É comum que o trabalho invada a vida pessoal da pessoa, trabalhando horas extra constantemente, não tendo intervalos, respondendo a emails a qualquer hora do dia, não tendo tempo para fazer coisas que gosta. O espaço para esta vida pessoal tende a ser dado nos fins de semana e nas férias. Assim, quando chegam estes momentos tão esperados para viver fora do trabalho, surge a ansiedade. Se se identifica com o que foi descrito até agora, é provável que precise de repensar não o momento de férias, mas como tem vivido o dia a dia de trabalho. O que está a precisar de mudar para encontrar o equilíbrio de que precisa? Não espere até ao ponto de cansaço extremo para poder abrandar. Fazer estas mudanças pode ser extremamente difícil. Aprender a colocar limites, a dizer que não, delegar tarefas, reconhecer aquilo que precisa e comunicá-lo. A terapia pode ajudar. #Férias #Relaxamento #BemEstar #Ansiedade #Stress #Equilíbrio #Autocuidado #Produtividade #Culpa #Perfeccionismo #Limites #Trabalho #Lazer #VidaPessoal #Rotina #SaúdeMental #Terapia #Cansaço #Mudança #Autocrítica
Por Pedro Fraústo 20 de maio de 2024
Vários são os motivos que nos podem levar a emigrar: seja porque procuramos novas experiências, porque procuramos melhores oportunidades e condições de vida do que aquelas que encontramos no nosso país ou, entre outros motivos, porque somos forçados a abandoná-lo o por conta da guerra ou de catástrofes naturais. Quando emigramos, podemos sentir dificuldades que não esperávamos. Assim que chegamos a um novo país, deparamo-nos com várias mudanças: a língua que se fala, como funcionam os transportes públicos, os percursos para o trabalho, para o supermercado, para a farmácia e para serviços de Saúde, as leis e as regras fiscais e, entre outras, a forma como as pessoas se relacionam entre si e como vêem e tratam os imigrantes. Ao encontrarmo-nos num país diferente e ao viver todas estas mudanças, especialmente quando não temos familiares ou amigos próximos, podemos: - Sentir-nos isolados, sozinhos e tristes, passando mais tempo do que era costume a pensar nas relações e nas rotinas que deixámos para trás. - Sentir-nos deslocados e pensar que “não encaixamos ali”, principalmente quando não dominamos a língua e não nos estamos a adaptar às rotinas e costumes. - Sentir-nos irritados, connosco mesmos ou com a situação do nosso país, porque algo nos levou a sair da zona de conforto quando não o queríamos assim tanto. - Sentir-nos angustiados e/ou frustrados, porque imaginámos uma situação melhor e, agora, vivemos dificuldades que não esperávamos. - Sentir-nos ansiosos, porque não sabemos bem o que fazer e temos de tomar decisões sobre permanecer no estrangeiro ou, então, voltar para o nosso país. Todos estes sentimentos podem aparecer, de forma mais ou menos intensa, quando nos estamos a adaptar à vida num país estrangeiro. Por vezes, à medida que o tempo passa e vamos conhecendo as pessoas e os lugares, vamos desenvolvendo os recursos necessários para nos adaptarmos… e esses sentimentos acabam por desaparecer. Outras vezes, esses sentimentos perduram ou são muito intensos, impactando o nosso bem-estar e qualidade de vida. Lembre-se, os Psicólogos podem ajudar.
Por Andreia Milhazes 3 de maio de 2024
As nossas emoções têm um papel crucial em ajudar-nos a processar o que nos acontece, a dar mais significado à nossa vida e a perceber o que é realmente importante para nós. Ajudam-nos a conectar connosco e com os outros e a entender aquilo que precisamos destas relações.
Por Andreia Milhazes 27 de fevereiro de 2024
Tipicamente, quando pensamos em descanso, pensamos num descanso mais físico. Um dia relaxado, dormir até mais tarde, não fazer muita coisa. Embora este seja um tipo de descanso importante, existem outros (igualmente cruciais para o bem-estar).
Por Andreia Milhazes 27 de janeiro de 2024
Embora a preocupação seja importante para o nosso funcionamento, quando esta passa a ocupar grande parte do dia, torna-se uma fonte de sofrimento. Neste caso, é importante aprender a colocar alguns limites à intrusividade desta preocupação.
Por Andreia Milhazes 22 de outubro de 2023
O luto de uma pessoa amada envolve muitas perdas.
Por Andreia Milhazes 30 de setembro de 2023
A preocupação faz parte de nós. Precisamos dela para nos organizarmos e prepararmos para gerir os desafios que surgem. No entanto, muitas vezes, a preocupação ganha demasiado espaço na nossa mente e parece tornar-se incontrolável.
Por Natacha Cabete 25 de setembro de 2023
Comunicação não violenta em terapia de casal
2 de agosto de 2023
As férias são um momento esperado por muitos, pois proporcionam a oportunidade de desconectar da rotina diária, recarregar energias e dedicar-se ao lazer e ao descanso. No entanto, apesar de ser um período de repouso, as férias também podem trazer desafios à saúde mental. O excesso de expectativas, a pressão para aproveitar ao máximo e até mesmo a interrupção das rotinas habituais podem gerar stress emocional. Neste artigo, discutiremos a importância de cuidar da saúde mental durante as férias e forneceremos algumas dicas valiosas para garantir um período tranquilo e revitalizante. 1. Compreender a importância dos cuidados de saúde mental durante as férias: Embora as férias sejam vistas como um período de alegria e relaxamento, elas também podem ser um momento de vulnerabilidade para algumas pessoas. Mudanças na rotina, expectativas elevadas, isolamento social ou até mesmo conflitos com familiares ou amigos podem desencadear problemas emocionais. A saúde mental deve ser uma prioridade, e é essencial compreender que reservar um tempo para cuidar de si mesmo durante as férias é fundamental para o bem-estar geral. 2. Aceitar as expectativas e limitações pessoais: É comum que as pessoas criem expectativas irreais para as férias, esperando que seja um período perfeito e livre de problemas. No entanto, a vida nem sempre segue um roteiro ideal. Aprender a aceitar as expectativas e limitações pessoais é um passo fundamental para evitar decepções e reduzir o stress. Permita-se vivenciar as férias com a mente aberta, aceitando que nem tudo correrá conforme o planeado e está tudo bem. 3. Praticar o autocuidado durante as férias: O autocuidado é um dos pilares essenciais da saúde mental, e as férias podem ser um momento ideal para se dedicar a ele. Priorize atividades que tragam bem-estar, como praticar exercícios físicos, meditar, ler um livro, ouvir música relaxante ou simplesmente passar tempo em contato com a natureza. O autocuidado é individual e único para cada pessoa, portanto, encontre atividades que sejam significativas para si. 4. Gerir o stress e a ansiedade: Para muitos, o stress e a ansiedade podem ser companheiros constantes, mesmo durante as férias. Encontre maneiras de gerir esses sentimentos, como praticar técnicas de respiração, exercícios de relaxamento ou até mesmo conversar com alguém de confiança sobre as suas preocupações. É importante lembrar que pedir ajuda e apoio emocional não é um sinal de fraqueza, mas sim de coragem e autoconhecimento. 5. Estabelecer limites saudáveis: Nas férias, é comum participar de inúmeras atividades sociais e envolver-se em compromissos que podem ser desgastantes. Estabeleça limites saudáveis para evitar sobrecarregar-se. Saiba dizer "não" quando necessário, reservando tempo para momentos de descanso e privacidade. 6. Desligar das redes sociais e dispositivos eletrónicos: As redes sociais e dispositivos eletrónicos podem ser grandes fontes de stress durante as férias. Dê-se permissão para desligar-se e limitar o uso dessas tecnologias. Isso permitirá que esteja mais presente no momento presente e aproveite verdadeiramente as experiências do dia a dia. As férias oferecem uma oportunidade valiosa para cuidar da saúde mental e emocional, mas isso requer um esforço consciente. Priorizar o autocuidado, aceitar as limitações e gerir o stress são práticas fundamentais para garantir um período tranquilo e revitalizante. Lembre-se de que cada pessoa tem necessidades individuais, portanto, reserve um tempo para refletir sobre as suas próprias necessidades e encontrar as melhores formas de cuidar de si mesmo durante as férias. Ao fazer isso, estará construindo uma base sólida para uma vida mais equilibrada e saudável, não apenas durante as férias, mas ao longo de todo o ano.
1 de agosto de 2023
A psicoterapia tem sido extensivamente investigada e comprovada como um método eficaz para resolver questões psicológicas. Por isso, os termos "psicoterapia", "terapia" e "aconselhamento psicológico" são frequentemente usados para designar o mesmo processo. Mas como escolher qual terapia seguir? A escolha do tipo de psicoterapia a seguir depende de vários fatores, incluindo as preocupações específicas de saúde mental do indivíduo, as suas preferências pessoais e os objetivos de tratamento. Para determinar a abordagem de tratamento mais apropriada, é importante falar com um profissional de saúde mental, como um psicólogo. O profissional de saúde mental pode ajudar a avaliar as necessidades individuais e recomendar uma terapia específica ou combinação de terapias que possam ser mais úteis. Podem também considerar as preferências do indivíduo e a sua disponibilidade para a mudança, assim como outros fatores relevantes para o processo de tratamento. Entre os modelos de psicoterapia mais populares, destacam-se: Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Esta abordagem tem ganhado popularidade entre psicólogos e o público em geral. A TCC tem como objetivo ajudar as pessoas a tornarem-se conscientes e, eventualmente, alterar padrões disfuncionais de pensamento e comportamento. Ao abordar estes padrões, a pessoa desenvolve formas mais saudáveis de pensar e agir, com o terapeuta a colaborar ativamente e a partilhar ideias e estratégias. A TCC é especialmente eficaz no tratamento de problemas como adições, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade persistente, controlo da raiva e distúrbios alimentares. Terapia Psicanalítica e Psicodinâmica : Baseadas nas teorias de Sigmund Freud, estas terapias visam identificar pensamentos e motivações inconscientes que afetam o comportamento, emoções e perceções atuais do indivíduo. A psicanálise é uma terapia mais longa, enquanto a terapia psicodinâmica, mais curta, concentra-se nas emoções inconscientes relacionadas com conexões pessoais do passado que afetam a vida atual. Terapia Integrativa : Esta abordagem combina elementos de diferentes abordagens de psicoterapia para fornecer um plano de tratamento mais abrangente e personalizado. Reconhecendo que cada indivíduo é único, a terapia integrativa visa ajudar os clientes a entenderem-se melhor, os seus problemas e aprender novas habilidades de enfrentamento e interação com os outros. Esta abordagem pode tratar efetivamente uma ampla variedade de problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade, trauma e questões de relacionamento. Terapia Humanista : Esta terapia centra-se na experiência subjetiva do indivíduo e no crescimento pessoal, enfatizando a capacidade inata das pessoas para a autodeterminação e autoatualização. Terapeutas humanistas trabalham para criar um ambiente não julgador e acolhedor, onde os clientes se sintam livres para expressar os seus pensamentos, sentimentos e experiências. O objetivo é ajudar os clientes a ganharem insights sobre as suas crenças, valores e motivações, identificando padrões de pensamento e comportamento que possam estar a impedir que alcancem o seu potencial máximo. Terapia Comportamental Dialética (DBT): Desenvolvida para tratar indivíduos com transtorno de personalidade borderline (TPB), a DBT concentra-se em ajudar as pessoas a desenvolverem habilidades para regularem as suas emoções e comportamentos. A terapia enfoca o desenvolvimento de habilidades emocionais, relaxamento/mindfulness, tolerância ao desconforto emocional e efetividade interpessoal, ensinadas através de sessões individuais, treinamentos em grupo e apoio telefónico. A DBT mostrou ser eficaz no tratamento do TPB, bem como de outras questões de saúde mental, como abuso de substâncias, transtornos alimentares e depressão. A psicoterapia é uma opção de tratamento viável para diversos transtornos psicológicos. Não é necessário esperar até que a vida se torne insuportável para pedir ajuda. Quanto mais cedo procurar ajuda, mais cedo poderá receber as soluções necessárias para viver uma vida mais saudável e feliz. Consulte um psicólogo para encontrar a melhor abordagem para o seu caso. Fonte: healthnews.com
Por Andreia Milhazes 26 de julho de 2023
Não sou suficiente!” “Os outros são muito melhores do que eu!” 
“Que idiota! Como fui cometer aquele erro?” Mas porque é que somos tão duros connosco? Por um lado, a capacidade de analisarmos o que fizemos, ou aquilo que somos, desempenha funções importantes, como aprender com os erros e motivar-nos a melhorar. No entanto, a forma como fazemos esta análise pode, muitas vezes, ser pouco acolhedora, num discurso crítico sobre aquilo que deveríamos ter feito melhor. Tentamos dizer a nós mesmos porque falhamos, achamos que isso pode ajudar a não falhar novamente, mas acabamos a sentir-nos sem esperança, desmotivados, insuficientes… Será então a autocrítica motivadora? Será a forma ideal para nos permitirmos melhorar? Quando nos autocriticarmos focamo-nos em condenar os erros. Isto não encoraja para o futuro e traz sentimentos de culpa e frustração. Destrói a confiança e diminui a probabilidade de nos envolvermos em novas oportunidades/desafios. “Sou uma porcaria! Nunca vou conseguir! Mais vale desistir!” Dificilmente criticaríamos assim alguém de quem gostamos… mas porque é que quando falamos connosco é mais difícil cultivar uma atitude de compaixão e de compreensão pelas dificuldades que estamos a enfrentar? “Desta vez não correu da melhor maneira, mas acredito que consigo fazer melhor. O que preciso para melhorar? O que aprendi com esta experiência?” Ao analisarmos os nossos erros e dificuldades motivados pela autocompaixão geramos sentimentos de encorajamento e acolhimento. Isto inspira-nos a perceber os nossos erros como parte da essência humana, a ter uma atitude empática e de suporte para connosco mesmos. Quando as coisas não correm como planeado, qual é a abordagem que costuma ter consigo? Autocritica (motivada pela culpa/frustração) ou autocorreção (motivada pela compaixão)? Qual costuma ser o resultado da sua abordagem? Há alguma coisa que gostaria de mudar na forma como lida com os seus erros? "A autocompaixão oferece-nos uma alternativa saudável à autocrítica e à autodepreciação, permitindo-nos nutrir um relacionamento positivo e amoroso connosco mesmos." - Kristin Neff
Por Andreia Milhazes 15 de junho de 2023
Há momentos difíceis ao longo de um processo terapêutico… Muitas vezes, mudanças que queríamos alcançar rapidamente, demoram mais do que o esperado. Emoções que pensávamos já saber gerir melhor, tornam-se mais intensas. Relações que pareciam saudáveis, revelam-se difíceis. Memórias que estavam quase apagadas, ganham vida. Mudanças que queríamos fazer, trazem demasiado medo. Há impasses, bloqueios… Momentos em que sabemos que para lidar com a dor é preciso senti-la… e não é fácil quando assim o é. Não é fácil quando sabe que a sessão poderá trazer choro, tristeza, zanga ou outras emoções que não quer sentir. Que há assuntos sobre os quais quer falar (e sabe que precisa), mas envolvem muita dor. Nestes momentos, pode começar a questionar “será que vale a pena?”, “até tenho estado mais calmo/a… e se na sessão surge algo difícil e fico pior?”. É provável que em algum momento da terapia isto possa acontecer e é importante conversar sobre o que sente na sessão. Deve existir sempre espaço para aquilo que precisa, para respeitar o seu ritmo, a forma como se sente disponível (ou não) para lidar com as dificuldades do momento. Não ir à terapia e ignorar os receios que sente provavelmente não irá ajudar a longo prazo. No entanto, trazer isto como um tema a explorar na sessão pode ajudar a compreender os seus medos, os seus “bloqueios” e a refletir em conjunto como podem ultrapassar os mesmos. Assim, se não lhe apetecer ir à terapia, procure questionar-se: O que está a ser difícil para mim? Há sentimentos, problemas, com os quais não me quero deparar? Como posso comunicar o que estou a sentir nesta sessão?
Por Andreia Milhazes 18 de maio de 2023
Num mundo agitado que sobrevaloriza o trabalho e a produtividade, é fácil chegar ao final do dia e sentir desânimo, desmotivação e autocrítica… É fácil passar o dia a pensar “ainda não fizeste nada do que deverias ter feito”, enquanto as horas vão passando e passando e o cansaço aumenta… Há dias assim, em que por mais que tentemos adiantar trabalho, estudar e/ou fazer as tarefas que tínhamos planeado, chegamos ao fim “sem nada”. E, por vezes, como se já não bastasse esta frustração acumulada, sentimo-nos culpados. Vem a comparação com outros que achamos mais eficientes e capazes do que nós… Adiamos e adiamos o nosso descanso, uma vez que este “não é merecido”. Ficamos a tentar alcançar alguma coisa e pensamos: “Só paro quando conseguir fazer x”, mas às vezes o x parece inalcançável… Quando for assim, procure parar. É verdade que, às vezes, temos tarefas com prazo, coisas que têm de ser feitas hoje. No entanto, na grande maioria das situações não é bem assim… No geral, cedemos a uma enorme pressão para sentir que o dia foi produtivo, “custe o que custar”. E ser produtivo pode ser ótimo, claro, mas não a qualquer custo… Tem direito a dias assim! Toda a gente os tem e continuará a ter. Não somos apenas a nossa produtividade e merecemos descanso sempre! Permita-se descansar e recuperar energia. Permita-se perceber o que precisa para se sentir melhor neste dia. Há dias em que, claramente, o que precisamos é parar, ouvir o nosso corpo e a nossa mente: “Se calhar, por hoje já chega. Amanhã é um novo dia.”
30 de abril de 2023
Embora todas as sensações negativas e/ou desagradáveis tenham uma função adaptativa, quando começam a afetar negativamente as nossas vidas, é importante tomar as precauções necessárias. Infelizmente, a depressão muitas vezes passa despercebida ou os seus efeitos são minimizados por si e/ou pelos outros. Além disso, o estigma associado à saúde mental é uma das principais razões pelas quais as pessoas adiam a procura de ajuda. É crucial não desvalorizar os sintomas depressivos e lembrar que a depressão é um problema de saúde mental que requer intervenção profissional, assim como qualquer outra doença. Se reconhece em si sintomas depressivos, procure ajuda profissional. Não há vergonha em procurar ajuda e é um passo importante na direção da recuperação. Compreender que a depressão é um problema real é o primeiro passo para superar o estigma associado a ela. Ao buscar ajuda profissional, pode começar a construir um caminho para a recuperação e encontrar um horizonte de esperança para um futuro mais brilhante.
28 de abril de 2023
Respirar profundamente Faça quatro ou cinco respirações abdominais longas e profundas - respirar profundamente estimula os nervos do coração e dos pulmões. Desacelerar Fique quieto enquanto respira e sente os pés no chão. Note os sons envolventes; observe as cores à sua volta; preste atenção às texturas do mundo que o rodeia. Ficar no aqui e no agora Experimente atividades que o ajude a estar mais presente “aqui e agora”: cozinhar, tocar um instrumento musical, alongar ou fazer ioga, fazer alguma coisa artística, ler um bom livro, assistir algo engraçado ou triste na televisão, tomar um banho quente, beber um chá, passear ou meditar. Procurar um lugar tranquilo imagine um lugar calmo, como a praia: sinta o sol quente na pele, ouça o som das ondas, sinta a areia fresca nos pés e visualize a água. Encontre o seu lugar tranquilo e tente visualizar imagem o mais vívida possível. Focar-se no corpo sintonize-se com as sensações físicas da sua ansiedade, como o coração acelerado ou as borboletas no estômago. Com curiosidade e compaixão permita-se ficar com essas sensações, respirando profundamente até sentir que estão a diminuir porque, de alguma forma, irão. Nomear as emoções Encontre todas as emoções que estão a desencadear ansiedade. Pergunte-se se se sente triste, com medo, com raiva, desgostoso, alegre, e/ou entusiasmado. Exercitar o corpo O esforço físico diminui a ansiedade de forma confiável. Conectar-se Entre em contato com um amigo. Diga-lhe que está chateado ou aborrecido com alguma coisa e que quer conversar. Se não tiver um amigo por perto, talvez possa procurar um Psicólogo. Falar ajuda!
13 de abril de 2023
Muitas vezes associamos o #trauma a eventos específicos e concretos, mas a verdade é que o trauma pode ser muito mais complexo do que isso. O trauma não é apenas o que aconteceu consigo, mas sim o que ainda carrega dentro de si. É normal sentir-se sobrecarregado/a e com dificuldade em lidar com os efeitos do trauma. Mas lembre-se de que não está sozinho/a nesta luta. Há muitos recursos e profissionais que podem ajudá-lo a superar o trauma. A chave é reconhecer que o trauma ainda está presente dentro de si e procurar ajuda para lidar com ele. Não se sinta envergonhado/a ou culpado/a por precisar de ajuda. Todos nós temos traumas na nossa vida. Se está a ter dificuldade em lidar com os efeitos do trauma, é importante que procure a ajuda de um/a psicólogo/a. Um profissional qualificado pode ajudar a identificar e lidar com os sintomas do trauma, como #flashbacks, #ansiedade, #depressão, #stress e muito mais. É importante que cuide da sua saúde mental. Lembre-se de que cuidar da sua saúde mental é uma parte importante do seu bem-estar geral.
3 de abril de 2023
Aproveitando a Quaresma, que no seu conceito cristão significa a chegada de uma nova vida, podemos vê-la como um processo de conversão, transformação e recomeço aplicando-o à nossa própria vida: o que podemos fazer para nos aproximarmos da vida que queremos viver? Quem é importante na sua vida hoje e como é que essas relações foram mudando ao longo do tempo? Onde quer focar a sua energia relacional? À medida que as vidas mudam, as respostas também mudam, mas o que permanece é o que procuramos em todas as relações: pertença. Pertencer é uma necessidade básica, é aquela sensação de segurança, conforto e felicidade que sentimos quando fazemos parte de um grupo, lugar, tradição, relacionamento ou amizade. A nossa identidade está interligada às nossas experiências de pertença. Já reparou como diferentes partes de si são ativadas com diferentes pessoas e lugares? Um desafio para desenvolver de forma saudável o sentimento de pertença: 1. Liberte-se de eventuais máscaras. Agir com naturalidade fará com que se encaixe naturalmente em determinados grupos, diminuindo o risco de desgaste e afastando a possibilidade de rejeição. 2. Deixe fluir. Por vezes ancoramo-nos em pensamentos ou emoções que são pouco úteis. Há até momentos em que prestamos muita atenção ao que aconteceu ou pensamos repetidamente no que pode está por vir, o que nos impede de experienciar com espontaneidade, deixando de aproveitar o momento presente. 3. Separe o importante do acessório. Através da clareza de pensamento, que nos leva a agir de forma consciente e a sentirmo-nos alinhados connosco próprios, podemos viver com maior liberdade, harmonia e coragem.
1 de março de 2023
O burnout, ou síndrome de burnout, é um fenómeno cada vez mais comum no mundo moderno.
Por Paulo Melo Lopes 30 de janeiro de 2023
Quando pensamos num acompanhamento psicológico, uma das palavras-chave que surge é a mudança. Procuramos ajuda na terapia para mudar a forma como nos sentimos, como nos relacionamos, aquilo que fazemos e como pensamos… Mas afinal, o que é mudar? Muitas vezes, a expectativa ao iniciar um processo terapêutico é de uma melhoria rápida e linear. Há uma procura de um conjunto de estratégias que possam ajudar a eliminar as emoções difíceis que tem sentido, os pensamentos negativos que invadem a sua mente. E, embora a psicoterapia procure ajudar a construir ferramentas para gerir o que tem vivido, não se resume a isto, e muito menos, envolve um progresso linear. Mudar é desafiante! É esperado que existam momentos de altos e baixos ao longo deste processo. Existirão momentos de dúvidas e incertezas, passos para a frente seguidos de recuos. Momentos de autoconhecimento, mas também espaço para se sentir perdido/a. Tudo isto fará parte da descoberta de si e irá ajudar a compreender melhor como gerir momentos difíceis no presente e no futuro e a direcionar sua vida de acordo com aquilo que é importante para si. Não há uma fórmula mágica, há uma pessoa e aquilo que esta precisa de encontrar durante o processo de mudança. #mudança #psicoterapia #consultaspsicologiaonline #terapia
26 de janeiro de 2023
Porque é importante saber o que estamos a sentir? As emoções sentem-se no corpo. Geralmente, quando estamos com medo, o nosso coração acelera. Quando estamos tristes, os olhos molham-se e perdemos a vontade de fazer pequenas coisas. Quando estamos irritados, os dentes serram e a fome desaparece. Quando estamos envergonhados, ficamos com o rosto rosado e, geralmente, apetece escondermo-nos para evitar a situação. As emoções – tristeza, alegria, raiva, medo, nojo, surpresa, vergonha, culpa, entre outras – manifestam-se no corpo e, muitas vezes, sem nos apercebemos, guiam os nossos pensamentos e ações. Geralmente, quando nos sentimos deprimidos ou ansiosos, a tristeza ou o medo são emoções predominantes. Quando estamos tristes, podemos também sentir-nos culpados, sozinhos e vazios. Quando estamos ansiosos, podemos sentir-nos vulneráveis, preocupados e inseguros. Podemos também estar ansiosos por estarmos sempre tristes e isso impedir que a nossa vida ande para a frente. Podemos ainda estar deprimidos porque estamos ansiosos há tanto tempo que nem acreditamos que exista uma solução possível. Nos momentos mais difíceis, podemos sentir que somos engolidos pelas emoções ou, outras vezes, que não sentimos nada e estamos completamente apáticos, desligados do mundo. Sentir tudo isto é possível e, sobretudo, natural quando estamos a passar por momentos mais difíceis na nossa vida e não sabemos bem como lhes dar a volta. Identificar o que estamos a sentir pode ser o primeiro passo para se tolerar, regular e atribuir significado às nossas emoções. É através deste processo que podemos aprender a regular aquilo que sentimos: Não é suposto que uma pessoa que vive um momento mais depressivo não se sinta triste… mas que possa tolerar essa tristeza e dar-lhe novos significados. Não é suposto que uma pessoa que sofre com ansiedade não sinta medo… mas que possa regulá-lo quando se sente prestes a ser engolida. As emoções podem funcionar como uma bússola sobre aquilo que precisamos. Se sentimos tristeza, talvez precisemos de nos sentir confortados e compreendidos. Ou talvez precisemos de expressar abertamente a nossa dor por algo que perdemos e que era importante na nossa vida. Se sentimos medo, talvez precisemos de nos sentir seguros e protegidos. Ou talvez precisemos de, corajosamente, ir enfrentando o medo para nos aproximarmos de algo que é importante para nós – pessoas, objetivos pessoais e profissionais ou, simplesmente, uma maior sensação de liberdade. Cada pessoa vive as emoções de maneira diferente assim como pode precisar de diferentes formas de se regular. Em conjunto, com o seu psicólogo ou psicóloga, pode tomar consciência das emoções que, de alguma forma, estão a dificultar o seu dia-a-dia. As consultas de Psicologia e a sua terapia podem ser um lugar onde existe a possibilidade de expressar as suas emoções e, a seu tempo, compreender porque sente o que sente e assim, conhecendo-se melhor, viver as emoções de uma outra forma – mais flexível.
6 de janeiro de 2023
Sinto que o/a psicólogo/a me ouve com atenção e está envolvido/a naquilo que estamos a explorar? Sinto-me compreendido/a e não julgado/a? Sinto-me seguro/a no ambiente terapêutico? Sinto que abordamos aquilo que é importante para mim e consigo explorar as dificuldades que me trouxeram às consultas? Sinto que a abordagem terapêutica do/a psicólogo/a é adequada para mim e tem ajudado? Sinto espaço para partilhar as minhas emoções, mesmo quando se referem a algo sobre as consultas? Nem sempre é fácil encontrar um(a) psicólogo/a com o/a qual identificamos. Isto pode depender de vários fatores como a abordagem terapêutica, mas também da forma como o/a cliente se sente na relação com este/a profissional (a relação terapêutica). Se está em acompanhamento psicológico, é essencial que se sinta escutado/a e que exista um envolvimento de parte a parte na exploração do que tem sido difícil para si. É importante sentir-se seguro/a para tal exploração, num contexto de aceitação e livre de julgamento. É natural que possa precisar de algumas consultas até poder tirar estas conclusões. Como em qualquer relação, a relação terapêutica precisa de tempo para fomentar confiança e segurança. No entanto, não é esperado, em nenhum momento, que se sinta desvalorizado/a, incompreendido/a e/ou julgado/a nas consultas. Os resultados da terapia não são automáticos e é necessário tempo para se permitir experimentar e acomodar novas mudanças em si, nas suas relações e na sua vida. Porém, é importante que sinta que as consultas têm permitido a exploração de novas compreensões e/ou estratégias para chegar aos seus objetivos. Por vezes, pode também sentir que, embora o/a psicólogo/a esteja a intervir de um modo empático e envolvido, algo não está a corresponder às expectativas. Pode sentir que estão desencontrados ou que se sente num impasse que não tem permitido progredir como desejaria. Neste caso, comunicar honestamente aquilo que está a sentir é muito importante, mesmo que isto envolva explicar que não sente melhorias ou que não se tem sentido confortável com determinada abordagem do/a psicólogo/a. Fazer isto não é fácil, mas o/a psicólogo/a deverá estar preparado/a para o/a ajudar a explorar e compreender estas dificuldades. Continuar a terapia sem comunicar as suas expectativas e desapontamentos pode resultar num obstáculo à relação terapêutica e, portanto, aos resultados da intervenção. #consultapsicologia #consultapsicologiaonline #relaçãoterapêutica
16 de dezembro de 2022
Alguma vez o sentiram?
7 de dezembro de 2022
O que são relações tóxicas?
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